Foto: www.globo.com
Por Marcelo Ramos
Ontem, Brasil e Argentina estavam disputando suas partidas com objetivos diferentes. A Argentina querendo de qualquer maneira obter uma vaga na Copa do Mundo do ano que vem e o Brasil, já classificado, cumprindo tabela. No jogo com o Uruguai, a seleção argentina lutava, suava, porém não conseguia desenvolver seu futebol, e isso ficou nítido porque até o meio do 2° tempo, a equipe do técnico Maradona não tinha dado um chute a gol, coisa improvável para um time que deveria ganhar para conquistar a vaga sem depender de ninguém. Mas, quis os deuses do futebol que ao fim da partida, o jogador Bolatti marcasse um gol que podemos até dizer, histórico para a seleção argentina, classificando a equipe e deixando a seleção uruguaia na disputa de uma vaga na repescagem, o que foi uma injustiça, pois o Uruguai jogou muito mais do que a Argentina, mas sabemos que neste esporte temos sempre que citar a velha máxima: " Futebol é uma caixinha de surpresas!"
Enquanto isso no jogo do Brasil, a nossa seleção fazia um jogo meio água com açúcar, onde o adversário era fraco, mas o nosso time não conseguia se encontrar em campo. Não havia tática, não havia esquema, não haviam mudanças onde a equipe pudesse mudar de acordo com o andar da partida. Não concordo com muitos dos jornalistas, comentaristas e cronistas quando dizem que Kaká é o melhor jogador da equipe do Brasil e nem que ele deve ser o "melhor do mundo". Kaká é um jogador acima da média, mas para quem já viu Zico, Maradona, Platini, Gérson, Sócrates, entre outros, não pode aceitar que um jogador que na maioria de suas jogadas carrega a bola como se a fosse levar pra casa, seja considerado o "craque" único de nossa seleção. Acho o Kaká um ótimo jogador, mas não com a pompa que procuram o eleger. Além disso, considerar normal empate com a Venezuela e derrota para a "altitude" na Bolívia, começam a dar um certo ar de preocupação com a nossa equipe que parece jogar apenas quando quer ou quando o adversário é tradicional como nos jogos contra a Argentina e Itália, por exemplo. O Dunga não é um excelente técnico, mas pegou a seleção em uma fase em que todas as seleções estão niveladas pela média, porque se pararmos pra pensar, a muito tempo não vemos um bom futebol, daqueles que nos enchem os olhos e nos fazem dormir pensando e felizes por havermos curtido aquele momento.
E se fosse o Brasil que precisasse da vitória no lugar dos argentinos, será que também considerariamos o empate um resultado normal e a nossa seleção apta a estar na Copa do Mundo no ano que vem?
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